Passarola: é tanto o símbolo da concretização do sonho, representando assim também a libertação do espírito e a passagem a outro estado de consciência, uma vez que que esta é igualmente um símbolo da ligação do céu e da terra, pois ousa sair do domínio dos homens e entrar no domínio de Deus;
Sol: representa a força e a própria vida, fazendo correspondes Sete-Sóis a Sete Vidas, transformando deste modo a personagem de Baltasar como representante de todo o povo.
Lua: Tradicionalmente a Lua simboliza, por não ter luz própria, o princípio passivo do sol. No entanto, a obra revoluciona o conceito da Lua ao dar a Blimunda capacidades sobrenaturais que dependem das fases da lua, tornando a tão relevante como o sol.
Sol e Lua: simboliza a união como um todo, porque são o verso e o reverso da mesma realidade, o dia;
Vontade: as vontades recolhidas, utilizadas como combustível para a passarola voar, representa que, aliadas com a ciência e arte, o querer do homem faz avançar o mundo;
Trindade terrena: constituída pelo padre Bartolomeu, o pai, por Baltasar, o filho, e por Blimunda, o espírito. Esta simboliza a harmonia perfeita; Uma vez que esta é terrena, está aberta a um quarto elemento, Domenico Scarlatti, dado que quatro é o número da terra;
Mãe de pedra: o transporte desta grande pedra de mármore de Pêro Pinheiro a Mafra é uma epopeia, uma vez que esta acção é descrita com "grandeza" clássica e é vista como um acto heróico dos operários, que tem que transportar uma pedra gigantesca, num carro especialmente concebido para o seu transporte, este comparado a uma nau da Índia, e com a ajuda de duzentas juntas de bois. Os seiscentos homens que a puxam.
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