quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Linguagem e Estilo de José Saramago em "Memorial do Convento"
São utilizadas numerosas figuras de estilo como metáforas, comparações, antíteses, hipérboles, etc. Mas destaca-se a ironia através da qual o narrador faz críticas sobretudo ao rei e ao clero. Há também ironia nas discrições do auto-de-fé ou das procissões. Os registos de língua utilizados variam entre a linguagem cuidada, complexa, literária e a linguagem familiar e até popular (adequada as personagens do povo).
As frases são extensas, próximas do discurso oral ou traduzindo o interior das personagens.
Há muitas enumerações, polissíndetos e paralelismos.
A pontuação e o aspecto mais invulgar na obra de Saramago. São apenas utilizadas o ponto final e a vírgula. Não a pontos de interrogação, nem de exclamação e os diálogos não são assinalados com dois pontos e travessão.
A pontuação (ou a sua ausência) é um dos contributos mais importantes para a originalidade da obra.
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