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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

As cousas do Mar

As estrofes situam-se no canto V de "Os Lusiadas" e no que se referre à estrutura interna situa-se na narração, quando as naus estão em Melinde e Vasco da Gama conta ao rei Mouro, as viagens de Lisboa até Melinde. Neste caso especifico, o Gama relata os perigos de viagem, mais concretamente o fogo-se-Santelmo e tromba marítimo.


Trata-se de uma descrição dinâmica dos fenómenos onde sobressai recursos estilísticos como o pleonasmo como reforço do saber empirico, adjectivação expressiva e verbos expressivos que nos permitem ter a sensação visual.


A descrição dos fenómenos, em especial da tromba marítima é tão pormenorizada que permite construir uma imagem visual.
Entrelamçam-se nestas estrofes 2 tipos de saberes: o saber empírico e o saber cientifico.


Camões foi um humanista, conhecedor de toda a cultura greco-latina e, paralelamente de todo o conhecimento científico, soube entrelaça usando a sua experiência de viajante por mar, o conhecimento empírico, através do qual é possível descrever minuciosamente os fenómenos observados directamente.
Neste âmbito, o saber empírico passou a ser valorizado e contribuiu fortemente para o enriquecimento do saber científico

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