Luís Infante de Lacerda Sttau Monteiro nasce a 3 de Abril
de 1926, em Lisboa. Aos dez anos de idade, vai viver para Inglaterra acompanhando o pai que era jurista e embaixador de
Portugal.
Em 1943, regressa ao nosso país devido à demissão do pai do
seu cargo diplomático, por Salazar. Licencia-se em Direito, pela Universidade de Lisboa, mas exerce advocacia
por pouco tempo.
Parte, de novo, para Inglaterra onde casa com uma Inglesa e onde
se torna corredor de Fórmula 2. Retoma a Portugal e começa a colaborar em
publicações como a revista Almanaque ou o suplemento «A Mosca» do Diário de
Lisboa, criando a célebre personagem Guidinha cujas redacções são várias vezes
cortadas pela Censura.
Em 1960, por incentivo do seu amigo José Cardoso Pires, publica o romance
Um Homem Não Chora, seguindo-se, em 1961, Angústia para o
Jantar e a peça Felizmente há luar! Esta última é distinguida com o
Grande Prémio de Teatro mas a sua representação é proibida pela Censura, acabando, no entanto, por se
tornar um êxito.
Em 1967 escreve “A Estátua”, que lhe vale a prisão, no Aljube,
pela PIDE e em 1968 publica “A Guerra Santa” que o conduz à prisão de Caxias,
por seis meses, onde redige “As mãos de Abraão Zacut”.
Na década de 70, adapta ao teatro, com Artur Ramos, o romance
A Relíquia, de Eça de Queirós, representada no Teatro Maria Matos e
participa, enquanto membro do júri, no popular concurso televisivo «A Cornélia».
Em 1982 publica o romance “Agarra o Verão”, adaptado como
novela televisiva com o título “Chuva na Areia”.
Morre a 23 de Julho de 1993, em Lisboa.
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